quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Falou e disse.


«A Arte de Não Ler»
Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos'

"A arte de não ler é muito importante. Consiste em não sentir interesse algum por aquilo que está a atrair a atenção do público numa determinada altura. Quando um panfleto político ou eclesiástico, um romance ou um poema estão a causar grande sensação, não devemos esquecer-nos de que quem escreve para tolos tem sempre grande público. Uma condição prévia para ler bons livros é não ler os maus: a nossa vida é curta."


--- / ---


À boa maneira alemã e longe de pseudointelectualismos, Schopenhauer é breve, justo, claro e mordaz a escrever. Adora insultar, diz que "é uma honra". Tenho tido a oportunidade de ler alguns textos ultimamente e aconselho toda a gente a dar uma vista de olhos. É um bom remédio para nos limparmos de muitas hipócrisias sociais intemporais e ainda rirmos um bocadinho.

Com a "moral", à primeira vista, nos píncaros, Schopenhauer teria passado, a meu ver, facilmente, por um "Mourinho do séc. XIX", no campo da Filosofia. Eheheh!


Terão acesso a breves reflexões, por exemplo, em: http://www.citador.pt/pensar.php?pensamentos=Arthur_Schopenhauer&op=7&author=125


Espreitem, escolham e não se arrependerão.

Gosto, gosto, gosto.

6 postas de pescada:

Patricia Alexandre disse...

pronto...pediram guerra agora levam comigo
vim só mesmo axincalhar o teu blog...ja q axicalharam o meu..cabras...lol
os vossos post podem ter 1000 anos ou mais mas são pseudointelectuais...de culto...
eu escrevo..sou mae frustada com moços aos gritos e de cabelos brancos..
não mereçe
vou ali atirar me a uma ponte ja venho
ate ja

Anónimo disse...

Este "genio" era um dos escritores preferidos do Hitler. Ficou mundialmente conhecido pelas piadas que "Guido" e "Ferrucio" fazem acerca dele em "A Vida é Bela", antes de se deitarem.

Gilberto Grão de Areia disse...

Então parece que eu e o Hitler temos qualquer coisa em comum,a pesar de algumas divergências ideológicas, porque eu gosto imenso da escrita do Schopenhauer!
Por muito paradoxo que isto possa soar, até ao Hitler eu acho "piada", vê lá...

Engraçado, a minha curiosidade no Schopenhauer veio precisamente do "A Vida é Bela"!

Estás atento, Mickey! As always!
Sinal de + nos trabalhos de casa!

;)

Gilberto Grão de Areia disse...

E mais uma coisa, Mickey:

O Hitler seguiu obras do Schopenhauer, assim como do Nietzche, que é outro filósofo com o qual me identifico.

Lembro-me agora que Nietzche defende que a Razão deve regrar a nossa vida, mas que, sem emoção, e apenas vivendo à luz da Razão, a vida perde o sentido.
Usa mesmo a comparação que sempre achei que ilustrava bem a ideia: que à semelhança de uma música, a partitura faz falta para regrar as diferentes notas e compassos, mas que sem a musicalidade, a diversão das notas a emitir sons, as partituras de nada serviriam, sendo ocas.

Isto tudo para dizer que, ao longo de toda a História, houve, há e sempre continuará a haver pessoas que deturpam e fazem interpretações muito próprias do que os outros pensam, dizem ou escrevem. Não é por isso que devemos desvalorizá-los. Há que ter a sobriedade e a honestidade de saber perceber e separar bem as águas, n'est ce pas?

;)

Anónimo disse...

Acho que utilizamos a razão para viver e a emoção para nos ajudar a viver. Mas o que tem mesmo piada é racionalizar e emocionar a bel prazer.´É aqui que a vida se musicaliza, cada um ouve, ou interpreta a mesma partitura de forma diferente. Continuando numa onda melomana penso que os momentos da vida devem ser encarados como discos vinil: os momentos de de longa duração são tipicos LP's devem ser ouvidos a 33 RPM, para serem bem aproveitados; os momentos fugazes e passageiros devem ser vividos como EP's, a 45 RPM, sempre a abrir para extrair o maximo no pouco tempo disponivel

Gilberto Grão de Areia disse...

Bem essa parte mais técnica é que já me transcende!... lol