terça-feira, 9 de outubro de 2012

O Ponto Cego



Ponto cego



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Um ponto cego, também conhecido como escotoma, é uma obscuração do campo visual. Um ponto cego em particular conhecido como ponto cego fisiológico ou punctum caecum na literatura médica é o lugar no campo visual que corresponde à falta de células fotorreceptoras no disco óptico da retina onde passa o nervo óptico. Uma vez que não existem células para detectar a luz nessa região do disco óptico, uma parte da campo de visão não é percebido. O cérebro preenche esse ponto com informações sobre imagens ao redor e com informações percebidas pelo outroolho, dessa forma o ponto cego normalmente não é percebido.



Tal como o nosso cérebro, temos esta necessidade de preencher os “pontos cegos” da nossa história, aqueles pontos que não entendemos no Presente, que não nos foram explicados, e que lá faltam, por isso, inquietantemente, bocados. Assim o fazemos, para conseguirmos arrumar e seguir para o próximo troço. Assim sou eu, pelo menos.  E acredito que assim seja a natureza humana. Porque no fundo todos gostaríamos sempre de saber o que é que o outro pensa. Saber aquelas coisas que só falamos
connosco, cá dentro. As verdadeiras razões. As verdadeiras dúvidas. As verdadeiras emoções. Mas é nestas alturas que comunicar com o outro dói, acho. Custa, como se se fosse anunciar o fim das tintas no Mundo ao melhor pintor. Ou o fim dos espinafres ao Popeye. Ou o fim da estrada de tijolos amarelos ao Homem de Lata. Ou seja, o fim de coisas bonitas e que nos dão força, que tornam os dias mais bonitos, que NOS tornam mais bonitos. Simplesmente dói e empurramos com a barriga, para que o Tempo resolva. À falta de melhor, esse sabe sempre o que fazer, nem que seja só acontecer, passar, ser. Entrega-se o assunto e pronto, espera-se. Como quem põe uma mensagem numa garrafa ao mar, sem saber se alguém a vai ler, mas que fica com a certeza de que tentou tudo o que podia…