terça-feira, 28 de abril de 2009

Um Para Ti - III


É ver o copo meio cheio.
É o meu poema do dia, neste dia do caralhete...

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar,
morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco e os pontos
sobre os “is” em detrimento de um redemoínho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando
está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante…

Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.

Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade.
(Pablo Neruda)

Hotéis Hilton investigados por espionagem

Há uns anos, tive um professor sábio, cujas palavras me estão a bater cada vez mais frequentemente, que dizia:
"- Moços, o Turismo é um mundo cão. É o vale tudo..."

E é devido a notícias destas, a acontecerem mesmo aqui no Algarve, que fico de queixo no chão, e que tristemente levo a constatar como ele tem tanta razão.

Dias do Caralhete!


Estes últimos dois dias têm acarretado muitas emoções, com pouco tempo de digestão.
É altura de aprender. É altura de compreender, interpretar e ler os acontecimentos...
...mas se continua assim, não chego viva ao final da semana.
And then again... VENHAM MAIS MIL! ;)

domingo, 26 de abril de 2009

Boltei!!!

Back from Lisbon, onde fui trabalhadora a tempo inteiro.
By the way, o meu trabalho já me tornou inevitavelmente xenófoba. Primeiro, fiquei a odiar judeus, agora acrescentei os franceses à lista.

E esta semana que entra, sou apenas estudante.

Here we gooo...
Round Two. Fight!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Extra! Extra! Vou tornar-me motard!

(gentilmente pesquisado e cedido pela minha mãe)

Questionários Marmelete Kind ;)

Agora deu-me vontade. Culpa de thestarsareshining...

1) Qual é o teu nome?
Linda Jarmila Baptista Gonçalves Louro Ova
2) Por que é que te deram esse nome?
Todos os dias da minha vida me questiono precisamente com a mesma dúvida assombrosa!
3) Fazes pedidos às estrelas?
Acho que já não... mas dedico algum tempo a admirá-las. Especialmente quando estendo roupa no terraço.
4) Quando foi a última vez que choraste?
Há umas 2 semanas.
5) Gostas da tua letra?
Já gostei mais! :S Sempre me dediquei ao aspecto da letra, mas confesso que ultimamente e com o uso mais frequente de PCs, a minha letra feita à pressa é bem foleira! :S Acho que neste momento se alguém pensasse analisar-me pela letra, não se safava, porque cada vez que escrevo vem uma moda diferente.
6) Gostas de pão com o quê?
ADORO pão. Não passo um dia sem. Pão com tudo. Tudo fica bem com pão.
7) Quantos filhos tens?
Se esta pergunta fosse metafórica ainda respondia uns quantos :) , mas como não é, é mesmo ZERO. :)
8) Se fosses outra pessoa serias tua amiga?
Yup!
9) Saltarias de bungee-jump?
Esquece lá isso. Sou radical de banheira...
10) Desapertas os sapatos antes de tirá-los?
Sim.
11) Acreditas que és uma pessoa forte?
Sim, para a fase em que estou e com a idade que tenho. Vamos lá ver para a frente.
12) Qual é o teu gelado favorito?
Pistácio
13) Preferes vermelho ou preto?
Depende das ocasiões.
14) O que é que menos gostas em ti?
De me armar muito em má e depois ser uma parvalhona totó que se derrete com facilidade. E de ser um bocado língua de trapo.
15) O que é que mais gostas em ti?
Sou leal aos que me são cúmplices.
16) De quem é que sentes saudades?
Parando agora assim para pensar nisso, falando em saudades sufocantes, acho que de ninguém no momento...
17) Descreve a roupa e o calçado que estás a usar agora?
Blusa vermelha, calças de ganga e sapatos de tacão alto vermelhos
18) Qual foi a última coisa que comeste hoje?
2 Torradas com queijo e mel.
19) O que é que estás a ouvir agora?
Os passarinhos lá fora e o som da água a encher a piscina do vizinho (grrr!)
20) Quem foi a última pessoa com quem falaste ao telefone?
Nuno Norberto, o meu manaço.
21) Qual é a tua bebida favorita?
Amarguinha, com MUITO gelo (picado, de preferência) e limão E-S-P-R-E-M-I-D-O!
22) E comida?
Muqueca de Camarão
23) Qual foi o último filme que viste no cinema? Com quem?
“Ele não está assim tão interessado” alone.
24) Qual é o teu dia favorito do ano?
Não tenho...
25) Preferes Inverno ou Verão?
Verão, sempre Verão.
26) Preferes beijos ou abraços?
That's a tough one... Digamos que não sou lá muito física, nesse género de coisas.
27) Qual é a tua sobremesa favorita?
É recente, mas definitivamente Bolo de chocolate (derretido por dentro) acompanhado por gelado. O melhor até hoje: Petit Gateaux do Restaurante Victoria em Vilamoura. Receita-segredo.
28) Que livro estás a ler?
"Low Cost, o Fim da Classe Média" (Massimo Gaggi & Edoardo Narduzzi)
29) O que tens na parede do teu quarto?
TV + DVD player; prateleiras com livros e DVDs; expositor de fios, chapéus e algumas malas; quadro de cortiça com toneladas de fotos e recadinhos.
30) Quais são os teus filmes favoritos?
Another tough one... Digamos que adoro produções Kubrick (especial destaque para o Laranja Mecânica), Almodóvar, Pasolini, Fellini, Tim Burton, Lars Von Trier, David Lynch, Darren Aronofsky, Roman Polanski, Vincent Gallo, Tarantino, etc e grosso modo, sei lááá. Gosto muito de cinema e tenho muitos, mas muitos filmes favoritos.
31) Qual foi o lugar mais longe a que já foste?
Fisicamente, e olhando aqui para o mapa, foi Itália. Mentalmente, estou "longe" muitas vezes.
32) Diz uma música.
Your Love Is King (Sade)
33) Diz uma frase.
"Momento é por definição o instante irrepetível." (Pedro Abrunhosa)

Quem quiser, que faça. :)

Onda Choc & Ana Malhoa Forever Alive

E recordar é viver. :)
Muiiito terrivelzinho mesmo! ahahha
E delicioso for that same fact also!
Muitos convívios de cabecinhas encostadas "lá no liceeeu"! :P

Já andava a cantarolar há uns dias:

Ele é o Rei



Bikini às Bolinhas Amarelas



E agora um raspãozinho só na Ana Malhoa (eu era mega fã!), na altura em que ela não gostava de tigresses lol e que acordava criancinhas pelos motivos apropriados:

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Um para Ti - III

Hoje, convosco, Ricardo Reis...

... com um poema, na minha opinião, de sempre e para sempre, simples e ao mesmo tempo tão cheio. Dos meus poemas preferidos. Tenho-o repetidamente afixado no meu quarto, nomeadamente, no meio do painel em que tenho as fotografias das pessoas que contribuem para que eu tente diariamente ser inteira, dentro da medida do possível.

Escolho encarar a vida desta forma. Sim, acredito que se trata apenas de uma escolha.
O meu desejo é que escolham também.

Para ser grande, sê inteiro...

Para ser grande, Sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a Lua toda
Brilha, porque alta vive.


Curiosidade (pelo menos para mim): Abaixo, o mapa astral de Ricardo Reis, segundo Fernando Pessoa. Fê-los para alguns heterónimos.



Várias questões (deliciosas) se levantam:
- Um génio como Fernando Pessoa credibilizava os signos?
- Fernando Pessoa sabia fazer mapas astrais?

Queria tanto fazer um mapa astral SÉRIO...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Procura-se

Achei piada.
Durante uma amena cavaqueira, e segundo esta menina , falou-se noutro dia que devemos tornarmo-nos mais práticas, a focalizar e escalonizar a selecção de gajos por profissões.

Não pela questão dos ordenados chorudos, mas pela conveniência na poupança que podem trazer por usufruirmos eventualmente bastante, na nossa realidade pessoal, dos seus préstimos.

Ora no meu caso pessoal, e nesta linha de raciocínio, seriam estas as profissões que teria de ponderar enrolar-me futuramente para reduzir custos drásticos:
- Oftalmologista
- Cozinheiro
- Designer de Sapatos

domingo, 12 de abril de 2009

Intimidades & Cumplicidades

Intimidade e cumplicidade são daquelas coisas que considero fulcrais em todo o tipo de relações pessoais que estabeleço na minha vida.


Não considero, por exemplo, intimidade sinónimo necessariamente de amizade. Fiz amigos com os quais já tive imensa intimidade, que entretanto, por diversos motivos, se perdeu, no entanto, não deixo de amá-los como os bons amigos que são. Apenas se perdeu intimidade.

Não vou dizer que é bom (a vida dá tantas voltas!), mas também não tem que ser mau.
Nestes casos, desenvolvi o argumento interior de que aquela pessoa tinha que ser mais próxima naquele momento, por mim ou por ela, e que, não perdendo necessariamente espaço ou valor posteriormente, está mais "longe".
Sim, reconheço que é uma perspectiva com um toque kármico... :)

Há ainda os amigos com quem se mantém sempre intimidade, que podem estar longe, que podem estar 5 meses sem falar connosco, mas quando se está junto, é como se nos tivéssemos visto ontem. Mas não é a amizade que me apetece explorar.
Considero ainda que intimidade não está necessariamente também sempre ligada à cumplicidade. Cumplicidade, para mim, não é mecânica, estudada, artificialmente construída. Pelo menos, tenho cumplicidade com determinadas pessoas na vida, com quem não escolhi ter. Tenho e pronto. Entendo-me com elas, compreendo e sou compreendida, sem falar.
A cumplicidade para mim vale ouro e a esta sou fiel.
E, sim, novamente talvez a perspectiva kármica... I think that's just me!

Há ainda a intimidade de corpos, a cumplicidade entre duas pessoas, que é a que me apetece explorar, hoje, aqui.
Oiço muitas vezes dizer que a intimidade de corpos e esta dita cumplicidade é apenas conseguida com amor.
Não duvido que assim seja com alguma pessoas, é legítimo, mas custa-me que estas mesmas pessoas muitas vezes não entendam que pode haver intimidade sem amor (esta parece-me mais óbvia) e cumplicidade sem amor também.
Relativamente à intimidade, acho que não há nada mais puro, genuíno e íntimo que estar nu com outra pessoa. Estamos, ali, na nossa forma mais bruta. Despidos, literalmente, de todas as possíveis máscaras sociais. Nada é mais íntimo que isto: Natureza.

Como é que se tem vergonha de/com alguém ao pé de quem já estivemos nus? Vergonha de /com alguém a quem nos abraçámos nus, a quem nos encaixámos nus?
É engraçado, mas é uma questão simples que sempre me deu que pensar. Sempre tentei, talvez por isto, dar-me com as pessoas com quem já tive esta intimidade e respeitá-las mais que não fosse por isso.

Desta intimidade, pode resultar cumplicidade. Não resulta sempre.
Para alguns, esta cumplicidade, a mágica, apenas se atinge amando.
Para outros, esta cumplicidade pode ser igualmente mágica ainda que apenas física.
Há pessoas com as quais sabemos que não têm nada que ver com o nosso perfil, no entanto, há uma cumplicidade fabulosa fisicamente. Daí nascem muitas vezes as relação flop, em que as pessoas confundem esta cumplicidade com amor.
Já aconteceu com pessoas com quem tive esta intimidade/cumplicidade.
E a mim, meus caros, não aconteceu até à data, apenas porque nunca amei.
É mau? É bom?
Não sei, só conheço por enquanto um lado e há que ter conhecimento dos dois para comparar.
Não o desprezo, também não o anseio...
Se vier, tudo bem.
Se não vier, entretanto também se vai estando bem. eheh!

Dieta

Olá, o meu nome é Linda e há 10 minutos que não como porcarias.
Vou estender este prazo. Eu SEI que vou conseguir.

Obrigada.
Até à reunião da próxima semana.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Meias Férias à Maracujá


Qual maracu, metade de mim (a estudante) está oficialmente de férias da Páscoa.

A outra metade está no escritório.

E qual maracujá vou tentar levar mais a outra metade, neste periodo, a apanhar um bocado de sol algarvio e a ficar menos verde por fora e por dentro...
...porque, não querendo sofrer por antecipação mas já sofrendo, seguem-se semanas (graças a deus!) alucinantes. Entretanto, há que repousar a beleza... ou as graínhas, continuando na metáfora. Eheheh


terça-feira, 7 de abril de 2009

Quadro Tuga da Criancinha que Chora

Epá, este assunto é fortemente bizarro!

Quem nunca viu/ teve/ esteve perto dum exemplar destes?
M-E-D-O!

Obrigada, Bruno, pelo esclarecimento!
Eu sou estranha e "delicio-me" com cenas bizarras! :)

O que Anda a Bombar no C1

Uma música simples, corriqueira, que toda a gente se cansou de ouvir, mas que me anda a saber muito bem.
Adoro a parte da letra a verde.
Recordar é viver.
Este CDzito (Feijão com Arroz) foi-me oferecido pelas primaças, num Natal, e lembro-me de ouvi-lo, quando ainda morava na Avenida, na força do Verão, de janelas abertas, e com t-shirt e cuequinha vestida, (era pré-adolescente, sem maldade no pensamento, sff!), a cumprimentar os trauseuntes, como era meu hábito social. :)

E que ar fresco e fofo tem a nossa Danielazita, aqui, não? Bela pela simplicidade. Linda, mesmo.



Quanto tempo tenho
Pra matar essa saudade
Meu bem o ciúme
É pura vaidade
Se tu foges o tempo
Logo traz ansiedade
Respirar o amor
Aspirando liberdade

Tenho a vida doida
Encabeço o mundo
Sou ariano torto
Vivo de amor profundo
Sou perecível ao tempo
Vivo por um segundo
Perdoa meu amor
Esse nobre vagabundo

Março, Depois de Abril

A despertar...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Benção das Pastas

E se eu vos disser que me aborrece solenemente participar nesta xaropada?!

Um Para Ti - II


Hoje brindo-vos com Alberto Caeiro. Ando, assim, a querer ensinar-me a ser mais simples, ainda que goste de ser minimanente complicada. Um bocadinho precisa-se. São perfis.

Por agora, vai-me apetecendo estar simples na vida.


Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta

Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
Em que as coisas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Porque sequer atribuo eu
Beleza às coisas.

Uma flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe
Que eu dou às coisas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então porque digo eu das coisas: são belas?

Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as coisas,
Perante as coisas que simplesmente existem.

Que difícil ser próprio e não ser senão o visível!

Alberto Caeiro