terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Principezinho, Vérsão Brásilêra


É só impressão minha, ou esta merda É SUPER ENERVANTE?!?!

Pah, O Principezinho, uma preciosidade intocável, em Brasileiro nããããããão!!!!

:/

Natal e isso.


Já me vai apetecendo.
Particularmente este ano, por algum motivo que me transcende.


Solicita-se, por favor, e à medida do bom gosto:
Luzes na rua.
Frio à bruta.
Música da bichona do George Michael nas ruelas.
Cachecóis e luvas em criancinhas ranhosas.
Pessoas a chatear com rifas para cabazes de natal para lhes fazer cara feia. (sim, sou horrorosa! eheh)
Avó a ir buscar as relíquias de valor imensurável para o presépio.
Primos a catar musgo para o caminho dos Reis Magos ao pé da lareira.
Desenterrar os sapatos clássicos de horríveis para pôr debaixo da árvore.
Sentar em cima da perua para caber de algum modo no forno.

E cenas assim.

Ho, ho, ho.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Oficialmente de dieta, o Contra Ataque

Após alguns fechar de olhos estratégicos que andava a fazer à balança, vou ter de sucumbir à vaga feminina de fazer pontualmente uma "retenção".

Estou qualquer coisa de espaçosa.
(Pede-se entretanto cordialmente às pessoas que acham que eu não tenho discernimento pessoal que me poupem às hipócrisias do "Ahhh não estás nada, estás bem!")

Ainda que qualquer coisa de espaçosa - nada alarmante - tratam-se de valores nunca antes atingidos.

Sim, ainda que não me tire o sono, por vezes, também me preocupe com estas coisas. Também não podemos cair no relaxe!...

Devagarinho e com calma há-de se fazer alguma coisa.

(Vozes interiores: Sim Linda... Antes do Natal é mesmo a melhor altura.)

Um para Ti - VIII

Ando assim. A precisar de mim de mais formas.
A precisar de mim.

Identidade


Preciso ser um outro
para ser eu mesmo

Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta
Sou pólen sem insecto
Sou areia sustentando
o sexo das árvores

Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro


No mundo que combato morro
no mundo por que luto nasço.


Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

As paredes do teu corpo são profundas e complexas

"As paredes do teu corpo" - dizias - "são profundas e complexas."
Profundas e complexas, como ela, como falavas que não conhecias outras que tais.

Olhos longíquos de pássaros de urgência migratória que estavam aqui. Aqui onde, contra a sua natureza, escolheram ficar.

Dizias que ias fugir. Ela disse que ia ficar.

No meio, entraste no carro, saíste mundo afora à tua procura, mas não fugiste. Ela viu.
Não fugiste no carro porque já tinhas saído dali quando choraste que querias fugir.

Fugisses ou não, já tinhas fugido.
Ela ficou.