segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Faz Frio. Outono. Chuvisca.


Da mistura entre o cheiro da terra molhada, depois de uma noite de chuva, e a falta de mais cor num céu cinzento que anuncia a chegada do Outuno, bebo um bocadinho de António Botto, neste poema que para mim é o Outono, como poucas outras coisas.


Faz frio. Outono. Chuvisca.

Nos Jardins cai agora o desconforto
Do adeus do fim do dia.
Passo o vento arrefecendo
As flores nos seus canteiros
E um sopro de claridade
Beija uns lírios e umas rosas
Numa curva fugidia...

Estremecem os meus nervos
Como se alguém lhes tocasse...

Engrossou a ventania.

As árvores vão ficando
Como coisas que perderam
A consistência da vida.

Tombam as folhas. E a noite
Agita uns lenços de sombra
E fica mais negra e funda
Nesta simples despedida.

António Botto

4 postas de pescada:

*sara* disse...

Vi o blog que me recomendaste do chef cortes e achei-o simplesmente divinal.
Vi que vai realizar um workshop mas infelizmente as inscrições estão encerradas :(
A próxima não perco!!!

Valeu ;)

Gilberto Grão de Areia disse...

A antiga estação de comboios de Boliqueime - local onde fiz um workshop dele - foi reaproveitada como galeria e faz semanalmente workshops de cozinha, entre eles, cozinha tailandesa, afrodisíaca, de chocolates, etc... Ele costuma liderar alguns, pelo que sei, entre outros chefs convidados.

Vou passar a enviar-te a newsletter para te inscreveres em algum que te pareça melhor.

Beijocas

Anónimo disse...

Quero chuva, tempestade e mau tempo... today the sun sucks! AV

Anónimo disse...

Bem bem a concorrencia a trabalhar como deve ser, assim da gosto ver. Quando tivermos um Workshop de Sandes de Carne Assada voltamos a convida-la.