Da mistura entre o cheiro da terra molhada, depois de uma noite de chuva, e a falta de mais cor num céu cinzento que anuncia a chegada do Outuno, bebo um bocadinho de António Botto, neste poema que para mim é o Outono, como poucas outras coisas.
Faz frio. Outono. Chuvisca.
Nos Jardins cai agora o desconforto
Do adeus do fim do dia.
Passo o vento arrefecendo
As flores nos seus canteiros
E um sopro de claridade
Beija uns lírios e umas rosas
Numa curva fugidia...
Estremecem os meus nervos
Como se alguém lhes tocasse...
Engrossou a ventania.
As árvores vão ficando
Como coisas que perderam
A consistência da vida.
Tombam as folhas. E a noite
Agita uns lenços de sombra
E fica mais negra e funda
Nesta simples despedida.
António Botto
4 postas de pescada:
Vi o blog que me recomendaste do chef cortes e achei-o simplesmente divinal.
Vi que vai realizar um workshop mas infelizmente as inscrições estão encerradas :(
A próxima não perco!!!
Valeu ;)
A antiga estação de comboios de Boliqueime - local onde fiz um workshop dele - foi reaproveitada como galeria e faz semanalmente workshops de cozinha, entre eles, cozinha tailandesa, afrodisíaca, de chocolates, etc... Ele costuma liderar alguns, pelo que sei, entre outros chefs convidados.
Vou passar a enviar-te a newsletter para te inscreveres em algum que te pareça melhor.
Beijocas
Quero chuva, tempestade e mau tempo... today the sun sucks! AV
Bem bem a concorrencia a trabalhar como deve ser, assim da gosto ver. Quando tivermos um Workshop de Sandes de Carne Assada voltamos a convida-la.
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