domingo, 12 de abril de 2009

Intimidades & Cumplicidades

Intimidade e cumplicidade são daquelas coisas que considero fulcrais em todo o tipo de relações pessoais que estabeleço na minha vida.


Não considero, por exemplo, intimidade sinónimo necessariamente de amizade. Fiz amigos com os quais já tive imensa intimidade, que entretanto, por diversos motivos, se perdeu, no entanto, não deixo de amá-los como os bons amigos que são. Apenas se perdeu intimidade.

Não vou dizer que é bom (a vida dá tantas voltas!), mas também não tem que ser mau.
Nestes casos, desenvolvi o argumento interior de que aquela pessoa tinha que ser mais próxima naquele momento, por mim ou por ela, e que, não perdendo necessariamente espaço ou valor posteriormente, está mais "longe".
Sim, reconheço que é uma perspectiva com um toque kármico... :)

Há ainda os amigos com quem se mantém sempre intimidade, que podem estar longe, que podem estar 5 meses sem falar connosco, mas quando se está junto, é como se nos tivéssemos visto ontem. Mas não é a amizade que me apetece explorar.
Considero ainda que intimidade não está necessariamente também sempre ligada à cumplicidade. Cumplicidade, para mim, não é mecânica, estudada, artificialmente construída. Pelo menos, tenho cumplicidade com determinadas pessoas na vida, com quem não escolhi ter. Tenho e pronto. Entendo-me com elas, compreendo e sou compreendida, sem falar.
A cumplicidade para mim vale ouro e a esta sou fiel.
E, sim, novamente talvez a perspectiva kármica... I think that's just me!

Há ainda a intimidade de corpos, a cumplicidade entre duas pessoas, que é a que me apetece explorar, hoje, aqui.
Oiço muitas vezes dizer que a intimidade de corpos e esta dita cumplicidade é apenas conseguida com amor.
Não duvido que assim seja com alguma pessoas, é legítimo, mas custa-me que estas mesmas pessoas muitas vezes não entendam que pode haver intimidade sem amor (esta parece-me mais óbvia) e cumplicidade sem amor também.
Relativamente à intimidade, acho que não há nada mais puro, genuíno e íntimo que estar nu com outra pessoa. Estamos, ali, na nossa forma mais bruta. Despidos, literalmente, de todas as possíveis máscaras sociais. Nada é mais íntimo que isto: Natureza.

Como é que se tem vergonha de/com alguém ao pé de quem já estivemos nus? Vergonha de /com alguém a quem nos abraçámos nus, a quem nos encaixámos nus?
É engraçado, mas é uma questão simples que sempre me deu que pensar. Sempre tentei, talvez por isto, dar-me com as pessoas com quem já tive esta intimidade e respeitá-las mais que não fosse por isso.

Desta intimidade, pode resultar cumplicidade. Não resulta sempre.
Para alguns, esta cumplicidade, a mágica, apenas se atinge amando.
Para outros, esta cumplicidade pode ser igualmente mágica ainda que apenas física.
Há pessoas com as quais sabemos que não têm nada que ver com o nosso perfil, no entanto, há uma cumplicidade fabulosa fisicamente. Daí nascem muitas vezes as relação flop, em que as pessoas confundem esta cumplicidade com amor.
Já aconteceu com pessoas com quem tive esta intimidade/cumplicidade.
E a mim, meus caros, não aconteceu até à data, apenas porque nunca amei.
É mau? É bom?
Não sei, só conheço por enquanto um lado e há que ter conhecimento dos dois para comparar.
Não o desprezo, também não o anseio...
Se vier, tudo bem.
Se não vier, entretanto também se vai estando bem. eheh!

2 postas de pescada:

choco disse...

porra..um gajo vem aqui pa ver umas cenas fixes e tal...fotos: nepia..e depois é com cada testamento..achas que eu tenho pachorra pa ler isto tudo??mas li e ta fixe...jokas
spotdoxoco

Patricia Alexandre disse...

Não é necessário haver amor para haver cumplicidade...e por vezes intimidade também...mas há as mais variadas intimidades, intimidade de amigos, intimidade com filhos, intimidade com pais...mas eu estou noutro campo que jamais teria intimidade de amor de corpos nus com outra pessoa que não fosse a pessoa que eu amo...
Sei q sou um bocado quadrada nestas cenas...mas é a tal historia não concebo sexo sem amor...e frita-me um pouco essa cena de saber separar sexo e amor..
Fritarias...