Abigail saiu nessa mesma noite em que estás a pensar agora. Nessa em que te intrigaste sobre o que é que ela estaria a fazer. Estaria a ouvir música? A preencher aqueles folhetos dos tarifários para os malditos telemóveis? A desmontar canetas para perceber como funcionavam? Teria ido espreitar o riacho? Não... deve ter ido experimentar a mota nova da amiga.
Não sabes.
Abigail deixou de te explicar as coisas, por isso saiu nessa noite. Essa mesma noite em que estás a pensar agora.
Abigail é um bluff de sensações, sabes? What you see is not what you get!
Ela chegou a confidenciar-me, entre cigarros, que achava que não eras nada interessante! A cabrinha...
O que importa é que estou aqui para te denunciar o que se passou nessa noite.
Abigail foi pensar.
Podias ter aparecido nessa noite, pá! Se tivesses feito um esforço, até terias percebido que não é bom quando ela vai pensar. Não é que seja uma ameaça, mas ela tem aquelas manias, que as mulheres agoram têm, de pensar em demasia em coisas que nos pertenciam, na altura em que havia mais respeito por pessoas como nós, 'tás a ver? E é só uma menina.
"Está ali há tanto tempo..." - pensei, enquanto olhava por ela.
Escrevinhou qualquer coisa, ali mesmo, no pó da mesinha que estava à frente dela. E foi.
Não me contive e, pé ante pé, temendo que ela voltasse num qualquer arremesso daqueles que lhe dão, fui fazer a vontade à que matou o gato...
Em três letras estava resumida a falta que lhe fazes, desde sempre.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Estória da Abigail, naquela noite.
Publicada por
Gilberto Grão de Areia
à(s)
02:00
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Etiquetas:
estórias
4 postas de pescada:
intenso...
... profundo
malino...curti o texto..e essa abigail..dasseee la a gaja!!!!
jocas!
spotdoxoco(de malas feitas pa voltar a casa)
Moss!!
quem é essa Abigail!! ehehe :)
Bonito, sim! :)
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