Não vejo muita televisão por falta de tempo, mas, no passado Sábado à tarde, tive a oportunidade de ver uma entrevista feita a Simone de Oliveira, na SIC, no programa que não conhecia: "Alta Definição".
Ainda que admire naturalmente o trabalho de uma mulher com Simone, nunca tive qualquer tipo de especial interesse por ela.
Estava a passar em frente à TV, quando me deixei prender pelo início da entrevista - que poderia ser apenas mais uma -, pois Simone estava desmaquilhada (nós, gajas, reparamos logo nestas coisas!) e referiu-o, não me recordando exactamente das suas palavras, como quem diz ao Mundo que nesta entrevista se ia despir de máscaras e plasticidades impostas. Sento-me no sofá.
Em cerca de meia hora, a cantora e actriz, já a contar 70 primaveras, expôs a sua Vida, seguindo um guião habituèe neste tipo de entrevistas biográficas, mostrando um notável encanto pela Vida, uma força fenomenal (foi vítima de cancro), entre outras, quando às tantas o entrevistador lhe faz duas perguntas que a abanaram completamente.
Primeiro, se era difícil ser Simone de Oliveira, ao que ela responde, com um nó na garganta, e após espaçado silêncio, que sim.
Seguidamente, quem era Simone de Oliveira. Nisto, como quem visita toda a sua vida em 3 segundos, Simone olha para o vazio e enche os olhos de lágrimas dizendo que estava farta de ser a Simone.
Neste momento, senti que, numa frase que poderia aparentar ser simples e repetitiva, aquela mulher disse dez mil palavras ao Mundo, mas só alguns as ouviram. Por algum motivo que me transcende, não sei se ouvi todas, mas ouvi muitas.
Deixo-vos a entrevista em três. Vale a pena espreitar.
Fiquei fã da Simone. Da Simone pessoa anónima.
(1/3)
(2/3)
(3/3)
Ainda que admire naturalmente o trabalho de uma mulher com Simone, nunca tive qualquer tipo de especial interesse por ela.
Estava a passar em frente à TV, quando me deixei prender pelo início da entrevista - que poderia ser apenas mais uma -, pois Simone estava desmaquilhada (nós, gajas, reparamos logo nestas coisas!) e referiu-o, não me recordando exactamente das suas palavras, como quem diz ao Mundo que nesta entrevista se ia despir de máscaras e plasticidades impostas. Sento-me no sofá.
Em cerca de meia hora, a cantora e actriz, já a contar 70 primaveras, expôs a sua Vida, seguindo um guião habituèe neste tipo de entrevistas biográficas, mostrando um notável encanto pela Vida, uma força fenomenal (foi vítima de cancro), entre outras, quando às tantas o entrevistador lhe faz duas perguntas que a abanaram completamente.
Primeiro, se era difícil ser Simone de Oliveira, ao que ela responde, com um nó na garganta, e após espaçado silêncio, que sim.
Seguidamente, quem era Simone de Oliveira. Nisto, como quem visita toda a sua vida em 3 segundos, Simone olha para o vazio e enche os olhos de lágrimas dizendo que estava farta de ser a Simone.
Neste momento, senti que, numa frase que poderia aparentar ser simples e repetitiva, aquela mulher disse dez mil palavras ao Mundo, mas só alguns as ouviram. Por algum motivo que me transcende, não sei se ouvi todas, mas ouvi muitas.
Deixo-vos a entrevista em três. Vale a pena espreitar.
Fiquei fã da Simone. Da Simone pessoa anónima.
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1 postas de pescada:
Há dias também vi uma senhora para lá das 70 primaveras, com um nó na garganta e com os olhos marejados de lágrimas, ao responder à pergunta mais simples de todas: «como é que se chama?», penso que também pelo mesmo motivo apesar de ser uma completa desconhecida,o oposto de uma Simone, e um paradoxo íncrivel.aquelas lágrimas foram de uma solidão tremenda..
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