Fui-te ver, avozinha.
Desta vez, consegui.
Vi-te, naquela manhã de Outono solarengo, Domingo, de óculos de sol mas à sombra, a respirar o ar fresco da tua Senhora da Saúde.
Sorrisos. Beijinhos. Festinhas. Mimo. Sem som.
A C. leva-te para dentro, para descansares. Convida-me a ir dar-te um beijo antes da folga.
Vou.
Beijo-te e acaricio a pele de menina macia que nunca deixaste de ter.
E sussuro «Amo-te muito», com os olhos molhados, no teu ouvido.
E depois de horas sem proferires palavra, respondes: «Eu também.»
É assim: amar tem silêncios bonitos.
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